ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 11-12-2008.

 


Aos onze dias do mês de dezembro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e nove minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Professor Garcia e Sebastião Melo e pela Vereadora Sofia Cavedon. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Guilherme Barbosa, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris, Maria Luiza, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki e Nilo Santos. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 261/08 (Processo nº 6482/08); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 278/08 (Processo nº 6787/08); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Projeto de Lei do Legislativo nº 276/08 (Processo nº 6719/08); pelo Vereador Nereu D’Avila, o Projeto de Lei do Legislativo nº 252/08 (Processo nº 6180/08); pelo Vereador Professor Garcia, o Projeto de Lei do Legislativo nº 271/08 (Processo nº 6644/08). Também, foram apregoados os Ofícios nos 1020 e 1025/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando, respectivamente, o Projeto de Lei do Executivo nº 059/08 (Processo nº 6875/08) e o Projeto de Lei Complementar do Executivo n° 021/08 (Processo nº 6886/08). Ainda, foram apregoadas a Emenda nº 01, proposta pelo Vereador Claudio Sebenelo e assinada pelo Vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do PSDB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 076/08 (Processo nº 2380/08), e a Subemenda nº 01, proposta pelo Vereador João Carlos Nedel e assinada pelo Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, à Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/08 (Processo nº 3912/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 11326, 11377, 1267552 e 1279724/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Nonagésima Nona Sessão Ordinária e da Quadragésima Oitava, Quadragésima Nona e Qüinquagésima Sessões Solenes. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Poeta Luiz Afonso, do Município de Alegrete – RS. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador João Antonio Dib, em tempo cedido pela Vereadora Maristela Meneghetti, registrou o transcurso, hoje, dos cem anos de nascimento do ex-Vereador desta Casa, Carlos Pessoa de Brum. Também, citou missa ocorrida no dia nove deste mês, em memória do Senhor Telmo Thompson Flores, falecido no dia nove de novembro do corrente, historiando a trajetória desse político e afirmando ter sido ele exemplo de cidadão profundamente dedicado a Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Luiz Braz comentou o Veto aposto pelo Prefeito José Fogaça ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/08, que modifica o regime urbanístico do terreno conhecido como Pontal do Estaleiro. Também, apoiou a realização de referendo quando da implantação de empreendimentos de grande porte em áreas da orla do lago Guaíba, lembrando alterações para essa região propostas pelos Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 017 e 018/08. A Vereadora Sofia Cavedon considerou inconstitucional o Projeto em tramitação na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, que prorroga a vigência dos pedágios, criticando posicionamentos relativos ao tema assumidos pela Governadora Yeda Crusius. Ainda, reportou-se ao pronunciamento de hoje do Vereador Luiz Braz, em Comunicações, acerca do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 006/08 e dos Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 017 e 018/08. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 019/08, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Mario Fraga, os Projetos de Lei do Legislativo nos 257 e 268/08, o Projeto de Lei do Executivo nº 057/08, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Mario Fraga; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 232 e 231/08, este discutido pelos Vereadores Mario Fraga e Aldacir Oliboni e pela Vereadora Sofia Cavedon, o Projeto de Resolução nº 038/08, discutido pelo Vereador Luiz Braz. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib, historiando a composição da Câmara Municipal de Porto Alegre ao longo dos tempos, ressaltou que este Legislativo começou suas atividades há duzentos e trinta e cinco anos com apenas nove Vereadores. Nesse sentido, propugnou pela diminuição do número de parlamentares no Brasil e questionou a existência de alguns Ministérios, alegando que os gastos despendidos com excessos nessas áreas não se justificam. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/07. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 160/08, por vinte e oito votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 176/08, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 236/08, por vinte e quatro votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, DJ Cassiá Gomes, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Professor Garcia e Sebastião Melo. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 037/08. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Resolução nos 040, 044 e 048/08. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 107/08. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/07. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Luiz Braz, solicitando que o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 018/08 (Processo nº 5271/08) fosse considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Aldacir Oliboni, solicitando renovação da votação da Emenda nº 29, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 050/08 (Processo nº 5938/08). Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em prosseguimento, o Senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do aniversário do Fotógrafo Tonico Alvares, funcionário deste Legislativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen discorreu acerca dos perigos no trânsito decorrentes do desrespeito às faixas de segurança, lembrando ter apresentado, nesta Legislatura, três Projetos de Lei que dispõem sobre a matéria. Sobre o tema, mencionando que trinta e sete por cento dos atropelamentos no Brasil ocorrem em cima das faixas de segurança, ressaltou a responsabilidade dos legisladores em propor iniciativas que diminuam esses números. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador Guilherme Barbosa solicitou providências do Governo Municipal relativamente a problemas de saneamento básico na Vila Chocolatão. Também, reportou-se a assassinato e ameaças de morte ocorridos na comunidade conhecida como Quilombo dos Alpes, no Bairro Glória, protestando contra a morosidade das autoridades policiais em investigar esse caso. Após, o Senhor Presidente prestou informações acerca da ordem dos trabalhos da presente Sessão Ordinária e das Sessões Extraordinárias a serem realizadas a seguir. Ainda, o Vereador Guilherme Barbosa manifestou-se acerca de expressões utilizadas por Sua Excelência durante seu pronunciamento em Comunicação de Líder. Às quinze horas e trinta e quatro minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Claudio Sebenelo e Ervino Besson e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero registrar aqui, no plenário da Casa, a presença deste grande poeta do Alegrete, Dr. Luiz Afonso. Seja muito bem-vindo à nossa Casa Legislativa, e transmita a todos os alegretenses o nosso mais profundo respeito e o nosso abraço.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo da Verª Maristela Meneghetti.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; em primeiro lugar, eu quero agradecer à Verª Maristela Meneghetti pela cessão do seu tempo, para que eu pudesse hoje homenagear duas pessoas que serviram a esta Cidade.

Se vivo fosse hoje, o ex-Vereador desta Casa, Presidente desta Casa, Carlos Pessoa de Brum, estaria completando 100 anos. Foi um Vereador que soube exercer a sua atividade com a responsabilidade e a seriedade que todos os políticos deveriam ter, tanto no momento em que presidiu a Câmara como quando esteve nas diferentes Comissões. No Plenário, era um Vereador atento, sempre pronto a ajudar, independentemente da posição política do Prefeito, que era contrária à sua, mas o Ver. Pessoa de Brum tinha aquilo que todo o político deve ter: preocupação com a realização do bem comum.

Na terça-feira, dia 9 de dezembro, Sr. Presidente, eu tive a oportunidade de assistir a uma missa em memória a Telmo Thompson Flores. Os amigos de Telmo Thompson Flores, em Porto Alegre, mandaram rezar uma missa na Catedral, eu estive presente, e alguns dos que trabalharam com ele também lá estavam, mas eu imaginei que a Catedral deveria ter muito mais pessoas; havia poucas pessoas.

O Dr. Telmo Thompson Flores nasceu no dia 5 de julho de 1921 e morreu no dia 9 de novembro de 2008; portanto, com 87 anos. O Dr. Telmo Thompson Flores foi meu professor, e eu fui seu assessor e engenheiro no início da sua Administração, de 31 de janeiro de 1969 até 23 de março 1971, quando assumi a Câmara Municipal, e depois, daqui não saí.

Mas esse homem morreu em uma data muito significativa, no meu entendimento. Em 1940, o Prefeito Loureiro da Silva comemorou 200 anos da colonização de Porto Alegre - e não da fundação de Porto Alegre, que tem outro tempo. A data da fundação de Porto Alegre é 5 de novembro de 1740. Depois de Loureiro da Silva, Meneghetti, Thompson Flores e até Villela faziam a Semana de Porto Alegre de 5 a 12 de novembro, e todos eles o faziam, inaugurando muitas obras, mas muitas obras mesmo. E Telmo Thompson Flores, durante seu mandato, que foi até 8 de abril de 1975, quando foi sucedido por Guilherme Socias Villela, realizou muitas obras nesta Cidade. Há uma coincidência para a qual eu quero chamar a atenção: ele morreu no dia 9 de novembro de 2008, mas, no dia 9 de novembro de 1972, na Semana de Porto Alegre, ele inaugurou o Parque Moinhos de Vento, o conhecido Parcão, que toda Porto Alegre freqüenta, não só os moradores do entorno; toda Porto Alegre está lá presente.

Eu posso dizer que Telmo Thompson Flores, primeiro aluno a ser laureado pela Escola de Engenharia, foi um grande engenheiro, realizou obras extraordinárias no DNOS, mas, na Prefeitura de Porto Alegre - Porto Alegre onde ele nasceu e Porto Alegre que ele amava tanto -, ele fez verdadeiras cirurgias urbanas, ele foi um cirurgião urbano; realizou obras, viadutos que estão espalhados pela Cidade, realizou centros comunitários, construiu escolas, deu início à construção da Restinga, e imaginem se Porto Alegre não tivesse o complexo da Conceição, o que seria desta Cidade? Foi obra de Telmo Thompson Flores. Construiu avenidas; a própria Av. Loureiro da Silva foi construída na administração Telmo Thompson Flores, que faz parte da 1ª Perimetral, e Villela a completou.

Mas acho que ele levou para o túmulo uma tristeza: ele quis fazer a elevada sobre a Mauá, que ele, como Diretor do DNOS, já havia implantado as fundações para poder receber a elevada, que estava prevista no Plano Diretor. E ele era um homem que amava Porto Alegre. No tempo dos governos militares, esta Casa era muito respeitada, nenhuma obra que fosse contratada poderia ser realizada sem passar a aprovação do contrato pela Câmara Municipal, e ele mandou para a Câmara Municipal o contrato, mas cometeu um erro talvez, pois ele deu o nome de Elevada Marechal Arthur da Costa e Silva; a Câmara Municipal não aprovou, e a elevada não saiu.

E por que ele deu o nome de Marechal Arthur da Costa e Silva? Teria razões, sem dúvida nenhuma, pois era um ex-Presidente, não tem por que não homenageá-lo, mas a Avenida Castelo Branco, como o Dique, foi construída pelo engenheiro Telmo Thompson Flores, Diretor-Geral do DNOS do Rio Grande do Sul. E, quando ele assumiu a Prefeitura, cuidou que ela fosse asfaltada.

Eu, assessor-engenheiro, fui encarregado, juntamente com o engenheiro Cloraldino Severo, pelo DNER, e o engenheiro Kurt Lux, pelo DAER, de fazer a pavimentação da Av. Castelo Branco. Ninguém reclamou do nome, e ele achou que, na seqüência de Castelo Branco, seria Costa e Silva. A Câmara Municipal poderia ter mudado o nome, mas não mudou o nome, e simplesmente não aprovou. E nós não temos a elevada sobre a Mauá, e temos o famoso “x” da Rodoviária, que alguns dizem que vai resolver até para os Portais da Cidade, mas eu tenho todas as dúvidas do mundo de que isso vá resolver. A solução estaria, sem dúvida, na elevada, porque ela faria parte do complexo da Conceição, mas ela não foi aprovada.

Então, realmente, Porto Alegre perdeu um de seus mais queridos filhos, um dos filhos que a amou profundamente, assim como Loureiro da Silva, também filho de Porto Alegre, amou esta Cidade. E nós precisamos buscar uma forma de homenagear esse homem que, juntamente com Rui Tedesco, construiu o Gigante da Beira-Rio. Lembro-me de debates havidos na Prefeitura, o Dr. Rui Tedesco, no seu entusiasmo extraordinário pela obra que fazia, acompanhado por Telmo Thompson Flores - então Diretor do DNOS, que aterrou toda essa área que está aí, inclusive a área onde nós estamos hoje, com a Câmara Municipal -, discutindo a ampliação da área do Beira-Rio sobre a Av. Padre Cacique, e a Prefeitura terminou dando mais nove metros para que a obra fosse realizada.

Telmo Thompson Flores foi um político sensível, foi um administrador extraordinário, foi um excelente professor. Todos aqueles que foram seus alunos lembram dele com muito carinho e com muita amizade.

Na verdade, quando ele foi Prefeito, eu nunca o chamei de Prefeito, sempre o chamei de professor, e quase sempre fui o seu porta-voz na Câmara Municipal. Todos os dias, ao término da Sessão, na Câmara, eu me dirigia ao seu gabinete, e ele, todos os dias, recebia a imprensa mais ou menos às 18 h; todos os dias ele dava conta do que ocorrida na Cidade, para que fosse noticiado na imprensa. Esse homem deve ser imitado, é um exemplo extraordinário, e acho, repito o que já disse antes, que nós precisamos encontrar uma forma de homenageá-lo para que ele seja lembrado sempre como o administrador, como o homem público que soube amar esta Cidade como ninguém depois de Loureiro da Silva.

Portanto, fica aqui a minha homenagem, a homenagem do Partido Progressista a essa figura extraordinária que foi Telmo Thompson Flores, professor, engenheiro, Prefeito, fã incondicional do Sport Club Internacional, sobretudo um porto-alegrense de todo o coração. Sei que ele está lá no céu, porque não sei de ninguém para quem ele tenha feito mal; ele só fez o bem na sua vida, portanto, para todos nós. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Vereador Sebastião Melo, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, já tive a oportunidade de estar aqui nesta tribuna, elogiando a atitude do Prefeito José Fogaça, quando, atendendo a um pedido de alguns Vereadores aqui desta Casa, resolveu vetar o Projeto Pontal do Estaleiro, mas com a condição de enviar para esta Casa um texto exatamente igual àquele que foi enviado para o Executivo, só que com um adendo, um Referendo, para que a população pudesse dizer se é a favor ou não daquelas modificações que foram propostas para a região da orla do Guaíba. Da mesma forma, Ver. João Dib, que nós, agindo de forma coerente, fomos até o Sr. Prefeito Municipal e oferecemos a ele uma saída com relação a esse problema ligado ao Pontal do Estaleiro, eu acho que também, para manter esta coerência, devemos tomar uma atitude: todos os Projetos que tiverem vinculação com a orla, pelo menos neste período, têm que ter o mesmo destino, todos os projetos que estiverem vinculados à orla terão também que passar por um Referendo. Ver. Mauro, estou afirmando isso, porque já temos aqui na Casa Projetos do Internacional e do Grêmio. Estes Projetos, na sua maioria, não versam sobre obras na orla, mas algumas das obras que devem ser efetuadas, de acordo com os Projetos que vieram para cá, são obras que vão, com toda certeza, utilizar a orla, para que elas possam prosperar. Naquilo que atingir a orla, acho que deveríamos fazer aqui uma Emenda; agora somos nós que podemos fazer a Emenda, para que, naquilo que atingir a orla, essas obras dependam também desse Referendo, até para que sejamos absolutamente equânimes no tratamento desses assuntos: problemas iguais merecem soluções iguais. Não podemos, com problemas iguais, Ver. João Dib, propor soluções diferentes.

Existe uma saída para o problema ligado à Copa do Mundo. Acredito que a grande saída para os problemas ligados à Copa do Mundo estaria, no caso do Projeto do Internacional, em fazermos o plebiscito não em 2010, junto com as eleições daquele ano - até pela facilidade que existe em fazer esse plebiscito, os tribunais estão aqui, com todas as condições para oferecer respaldo, para que esse Referendo possa ser feito -, mas que nós possamos antecipar o Referendo, a fim de que a população tenha todas as condições de se pronunciar.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, primeiro, os nossos cumprimentos pela sua coerência. Veja V. Exª, quando se trata de Pontal de Estaleiro, se trata de uma propriedade particular que, no momento anterior, esta Casa, através do envio do Executivo, aprovou a possibilidade da construção de obra, com exceção da parte residencial. Como é que nós vamos, agora, tratar de uma área pública sem essa possibilidade do Referendo? Eu quero cumprimentá-lo. Eu acho que nós temos um problema muito sério, e eu quero cumprimentá-lo pelo seu discurso.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado, Vereador. Veja bem, eu não estou atacando aqui todo o Projeto, nem do Inter e nem do Grêmio. Estou atacando aqui apenas a parte do Projeto que está vinculado à orla. Só essa parte! Essa tem, com toda certeza, para que nós possamos ser coerentes, Ver. José Valdir, também que fazer parte do plebiscito, porque, senão, nós não teremos condições de olhar para a população e dizer que nós representamos o conjunto da população. Se nós queremos o Referendo para uma parte, queremos, também, o Referendo para o todo. Tudo aquilo que é ligado à orla tem que passar por esse Referendo. E que ele seja antecipado, porque eu acredito que nós não podemos atrapalhar a seqüência normal das disputas, dos interesses que estão aí em jogo, principalmente os que são ligados à Copa do Mundo.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Nilo Santos está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Mario Fraga, substituindo a Verª Neuza Canabarro, está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, quero registrar aqui a importante manifestação do Governo Federal em relação à prorrogação dos pedágios no Estado do Rio Grande do Sul. Nós compreendemos que, desde o início, esse Projeto é um escândalo, é inconstitucional, porque ele não respeita a Lei da Licitação; é um Projeto que propõe uma prorrogação, ampliando lucros das atuais concessionárias, que vão desde a exploração na beirada das avenidas e das estradas, exploração com anúncios, com outdoors, até, vejam bem, a extinção dos pedágios comunitários. E é o pedágio comunitário o que mais funciona, o que é mais barato e que dá retorno para os Municípios. E a Governadora Yeda, insistindo em votar, inclusive colocando em anexo uma suposta assinatura do Ministro dos Transportes dando acordo, e hoje está nos jornais que o Governo Federal não será conivente com essa prorrogação, várias Bancadas, na Assembléia, vinham advertindo a Governadora, porque a população do Interior não tem acordo com isso. Essa discussão dos pedágios é uma discussão que indigna os cidadãos do Estado do Rio Grande do Sul. Há muita discrepância no valor; houve uma CPI na Assembléia Legislativa, uma CPI que indicou um custo muito mais alto do que o custo que poderia ser praticado, que indicou sobreposição de pedágios, indicou que há espaços muito curtos cobrando mais que em outros espaços mais longos, indicou que a manutenção não é suficiente, indicou que a supervisão, que o controle, a cobrança da eficiência não é realizada.

Portanto, um tema muito complicado para simplesmente receber uma prorrogação em nome de um suposto investimento novo que tem, sim, que acontecer, mas que pode ser tratado de outra maneira. Acho que é um bom momento de reflexão no Estado do Rio Grande do Sul sobre como a coisa pública é tratada. E quero aqui dizer, portanto, que estavam corretos os Deputados de vários Partidos, vários da Base de Governo da Governadora Yeda, quando alertaram para o fato de que não dava para votar, que o correto é fazer uma revisão geral dos pedágios, aproveitando o final dos contratos, para ver o que dá para tornar comunitário, para que a própria Prefeitura gerencie, para que a própria Prefeitura faça o controle, para que os cidadãos ali, os moradores do entorno façam o controle da qualidade, da manutenção. É isso que o Estado do Rio Grande do Sul precisa. Que bom! O Governo federal, hoje, dá um basta, um alerta e viabiliza que se repense o que estava se pensando fazer.

Quero ainda tratar - o Ver. Luiz Braz falava disso antes - de um tema muito importante para Casa, um tema que, bem refletido, vai indicar como é que vamos trabalhar os projetos do Grêmio e do Inter. A discussão a respeito do Veto do Pontal do Estaleiro tem uma justificativa técnica, que é o vício de origem. Mas é o que menos importa neste momento, apesar de o PT ter alertado esta Casa, esta Casa não precisaria estar “pagando o mico” que está pagando hoje de o Governo vetar o Projeto por vício de origem. Alertamos e tentamos evitar isso. Mas o mais importante é o restante da justificativa que reconhece que a Cidade é contrária, que esse tema é polêmico e que a orla não pode ter intervenções e principalmente moradias, porque não é essa a posição da cidade de Porto Alegre.

Se essa lição está entendida, nós temos que separar assim a discussão do Grêmio e do Inter dos novos projetos para a viabilização da Copa do Mundo. O que disser respeito à orla, Ver. João Dib, a discussão tem que respeitar a vontade da Cidade, senão a Casa de novo vai entrar em confronto com a cidade de Porto Alegre. Nós não queremos isso. Nós queremos achar uma solução tanto para o Inter, no sentido de cobrir e melhorar a sua arena, quanto para o Grêmio preparar a sua, e nós estarmos inseridos na Copa, sem infringir, sem derrotar ou imprimir na orla uma nova destinação que a Cidade não decidiu. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. Encerrado o período de Comunicações

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 6788/08 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 057/08, que altera a ementa e o art. 1º, da Lei nº 9.952, de 4 de abril de 2006, alterada pela Lei nº 10.185, de 15 de maio de 2007, e pela Lei nº 10.336, de 27 de dezembro de 2007, passando para R$287.162.770,47 (duzentos e oitenta e sete milhões, cento e sessenta e dois mil, setecentos e setenta reais e quarenta e sete centavos) o valor da autorização ao Poder Executivo para contratação de operação de crédito com a Caixa Econômica Federal e para R$62.225.556,93 (sessenta e dois milhões, duzentos e vinte e cinco mil, quinhentos e cinqüenta e seis reais e noventa e três centavos) a contrapartida daquele.

 

PROC. Nº 6275/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 257/08, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que cria a Linha Saúde, serviço de transporte coletivo destinado a percorrer o itinerário entre os principais hospitais do Município de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 6703/08 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 019/08, que altera as Leis Complementares nos 7, de 7 de dezembro de 1973, que institui e disciplina os tributos de competência do Município; 113, de 21 de dezembro de 1984, que institui a Taxa de Coleta de Lixo; 197, de 21 de março de 1989, que institui e disciplina o Imposto sobre a transmissão “Inter-Vivos”, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais a eles relativos; 306, de 23 de dezembro de 1993, que institui hipótese de responsabilidade pelo pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN e 534, de 28 dezembro de 2005, que institui o TART, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 6596/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 268/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Carlos Giacomüzzi o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 985, localizado no Bairro Sarandi.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4264/08 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 038/08, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Associação Beneficente Santa Zita de Lucca.

 

PROC. Nº 5688/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 231/08, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que revoga os incs. I e III do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 9.989, de 5 de junho de 2006 – que assegura aos estudantes matriculados em estabelecimentos de ensino regular e aos jovens com até 15 (quinze) anos o direito ao pagamento de meia-entrada em atividades culturais e esportivas e dá outras providências –, excluindo restrições à concessão da meia-entrada.

 

PROC. Nº 5690/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 232/08, de autoria do Ver. Adeli Sell, que obriga o Executivo Municipal a criar fundo municipal destinado à formação de cursos que visem à reinserção de catadores, carrinheiros e carroceiros em novas atividades produtivas e laborais.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, apenas vou falar no sentido de que seja corrida a Pauta. Há dois Projetos do Executivo que são importantes. Portanto, espero que nós consigamos votá-los, e é essencial que sejam votados ainda neste ano. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Mario Fraga está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TV Câmara, público presente nas galerias, venho, neste momento, Ver. João Antonio Dib, discutir a Pauta, também da mesma forma que V. Exª falou, e gostaria de falar sobre os Projetos do Executivo que estão em Pauta que precisam tramitar nas Sessões, mas também estou aqui para elogiar o Projeto do Ver. Aldacir Oliboni que trata da meia-entrada para estudantes com menos de 15 anos, que hoje não está regulamentado. Ver. Aldacir Oliboni, acho que V. Exª tem um bom Projeto e pode contar com o meu apoio. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos acompanha pelo Canal 16, eu queria fazer referência ao Projeto de Lei de minha autoria que, em tese, traz, àquele cidadão, àquela cidadã que tem até 15 anos e que não estão contemplados ainda com o benefício do direito à meia-entrada nos finais de semana. Tenho certeza de que terei o apoio da Bancada do PDT, conforme já expressou aqui o Ver. Mauro Zacher, que milita muito também nessa área, e a quem eu agradeço.

Há pouco tempo, quando aprovamos aqui na Casa a Lei da meia-entrada, ela foi estendida de segunda a sexta-feira. Só que o jovem trabalhador, que trabalha durante o dia e estuda à noite, não tem tempo de lazer durante a semana, só aos fins de semana. E este Projeto dialoga com o Projeto nacional, que, inclusive, está no Senado, que vai universalizar, Ver. Mauro Zacher, estendendo para todos os estudantes e aos jovens até 15 anos de idade a meia-entrada em todos os espetáculos, incluindo cinemas, shows, esportes, e toda a área cultural. Isso será possibilitado com a carteirinha do grêmio estudantil, do DCE, da UNE ou da UBES, como diz o Projeto anterior; nós não podemos, aqui, dizer que somente alguns têm o direito de emitir a carteirinha da meia-entrada. Isso tem de ser universal. Por isso nós estamos dialogando com todos os estudantes, sejam eles de escolas técnicas, de Ensino Médio ou Superior, que tenham, sim, matrícula vigente e não-falsificada.

 

O Sr. Mauro Zacher: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Aldacir Oliboni, V. Exª sabe que nós estamos acompanhando, já há algum tempo, o seu Projeto; é bastante oportuno podermos ampliar e oferecer... Este é um tema que se discute há bastante tempo. Eu, que militei no movimento estudantil, sei que esse é um desejo e uma vontade muito grande dos estudantes, no sentido de terem esse direito garantido.

Embora se tenha uma discussão forte, um lobby muito pesado por parte das empresas que fazem eventos, das casas de espetáculos, este é um projeto que o País não pode mais protelar; a nossa juventude merece isso, e acho que esta proposta de ampliar já tem, por parte das entidades, o respaldo necessário para isso. Acho que esta Casa tem que, o quanto antes, dar mais este direito à juventude.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Obrigado, Ver. Zacher. O Projeto está em Pauta, apenas, e vai percorrê-la por três Sessões, depois volta para as Comissões - e são seis Comissões -, e possivelmente em março ou abril do ano que vem estaremos votando este Projeto, e fico muito satisfeito com as manifestações favoráveis a ele.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Oliboni, venho me somar também a esta sua iniciativa e dizer que, quando a gente se preocupa com os nossos jovens, a gente tem que dar espaço para eles, e esta é uma maneira de darmos espaço na parte esportiva, na parte cultural. Acho que todos nós devemos nos associar à sua iniciativa, que é muito inteligente e oportuna.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Obrigado, Ver. Dr. Raul. Vejam só, temos aí a possibilidade concreta de Porto Alegre demonstrar mais uma vez que é preciso dar oportunidade aos jovens também nos finais de semana. Muitas vezes discutimos aqui projetos de inclusão social, e também na comunidade, no sentido de ter um campinho de futebol, de ter um show, um teatro, e, agora, por que não possibilitar isso claramente através de um projeto de lei, estendendo esse benefício a toda essa juventude que hoje está estudando? Assim ela terá a possibilidade concreta de poder freqüentar espaços de arte, de cultura, cinema, enfim, mais uma vez tendo esse direito aos finais de semana. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

                                       

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Aldacir Oliboni. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA SOFIA CAVEDON: Ver. Sebenelo, Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras, gosto das iniciativas do Ver. Aldacir Oliboni em relação à juventude e outras também, claro, várias outras, e sempre tenho vindo aqui defendê-las. A ultima foi a questão das carteirinhas. Esse debate está na Assembléia, não sei se votaram ontem; eu estava acompanhando, nós não podemos restringir aos estudantes... Votaram, Ver. Maristela? Então, vou acompanhar para ver qual o texto do Deputado Carrion, porque a minha preocupação é que não cerceemos os estudantes. Ao contrário, nós queremos avançar para que eles ocupem os espaços da Cidade que lhes garantam informação, inclusão e desenvolvimento integral. E, de fato, muitos deles trabalham e não podem ir ao cinema, por exemplo, a não ser no final de semana. Então, nós tentarmos avançar nesse sentido, eu acho que essa é uma iniciativa muito importante.

Segunda-feira nós estávamos em discussão, na Lomba do Pinheiro, sobre a questão da necessidade de Ensino Médio, e eu levantava outro tema sobre o qual esta Casa também deve se debruçar, que diz respeito ao acesso. Dezoito por cento, Ver. Sebenelo, dos jovens na idade de 15 a 17 anos estão fora da escola de Ensino Médio, e isso é um drama, porque nós sabemos o que acontece com o jovem que desistiu de estudar e que não conseguiu um trabalho. As alternativas começam a se aproximar da delinqüência, da droga, da ilegalidade, os destinos ficam traçados, lamentavelmente, de forma muito ruim.

Esse tema do acesso ao Ensino Médio é verdadeiro, passa por escolas próximas da comunidade, mas passa por instrumentos como a questão da meia-entrada, passa por instrumentos como a meia-passagem para estudante, que hoje se demonstra insuficiente.

Nós tivemos o depoimento, Verª Maristela, de uma liderança da Lomba do Pinheiro, a Adriana - se não me engano -, que falou que acompanhou os 33 colegas do seu filho que saíram do Ensino Fundamental, na Lomba do Pinheiro, foram para escola de Ensino Médio, e só três dos 33 conseguiram concluir o Ensino Médio. Ela afirmava que era porque não podem pagar sequer a meia-passagem. Portanto, se o jovem não consegue sequer pagar a passagem para ir à escola, que dirá para assistir a uma sessão de cinema. E como que nós queremos que a juventude, Ver. Aldacir Oliboni, construa projetos de vida saudável, se a Cidade é inacessível a ela, se a cultura é inacessível a ela, se ela está guetizada, porque não pode se mobilizar, pois a mobilidade urbana é uma grande barreira para acessar, quem sabe, políticas públicas básicas da juventude, que são a Educação e a Cultura? Então, sobre este tema, nós sabemos dos entraves, sabemos do custo do cinema. Eu acho que este debate tem de ser feito aqui, porque, antigamente, o cinema não tinha propaganda, Ver. Claudio Sebenelo! Agora, nós sentamos no cinema, passam uma, duas, três, quatro propagandas! Antigamente, não tinha comida nos cinemas. Agora é pipoca, é refrigerante... Eu sou completamente contrária à comilança no cinema e à propaganda no cinema. Já basta a televisão, já bastam os outdoors, já bastam as propagandas na Cidade inteira invadindo a tua vida! Agora, tu vais assistir ao cinema e tem, também, propaganda. As salas estão menores. Então, nós temos de ver para onde estão indo esses novos lucros do cinema, que, antes, era só do ingresso. Será que eles não viabilizam que o jovem possa entrar e assistir de forma bem barata o filme? Acho que temos de fazer a reflexão desse custo/benefício, porque, hoje, se vende de tudo dentro do cinema e se continua dizendo que é inviável o acesso à juventude com um preço mais em conta. Eu acho que não está bem pensado, não está bem refletido, não está sendo feita essa conta de como é a entrada e a saída na questão do cinema. Acho que esta é uma arte fundamental.

Concluo, dizendo que estou representando a Casa na seleção dos Curtas na Tela, pela Comissão de Educação. Acho que é muito importante essa valorização do cinema, bem como acho que para os jovens isso é fundamental, construindo a sua identidade, seu projeto de vida. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Vereadora.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, somos 36 Vereadores. Éramos 33 e, quando eu cheguei à Câmara, éramos 21. Mas, quando a Câmara iniciou os seus trabalhos, há 235 anos, eram apenas cinco, e esses cinco Vereadores não apenas exerciam as funções de Vereadores, como administravam a Cidade. Até 1892, os Vereadores, então em número de nove, administravam a Cidade. Se V. Exª, Sr. Presidente, quiser resolver um problema nomeando uma Comissão e há urgência na solução, eu sugeriria que V. Exª escolhesse três Vereadores e fizesse uma comissão. E não com as regras que nós temos, em que se precisa de 19 Vereadores para fazer uma comissão para tratar de um determinado problema. Nós fizemos uma comissão de 19 Vereadores e não conseguimos votar o Plano Diretor!

As maiores comissões que existem no Brasil são a Câmara Federal, com 513 Deputados, e o Senado Federal, com 81 Senadores. O que eles fazem? Perdem tempo e legislam mal! Há 20 anos se fez a Constituição Cidadã, e deveria ser regulamentada uma série de fatos. Um deles era o número de Vereadores nas cidades do Brasil. Passaram-se 19 anos e não fizeram, aí a Justiça Eleitoral fez a defesa, diminuiu oito mil e poucos Vereadores em todo o País, enquanto nós aqui aumentamos três. Agora, o Congresso Nacional acordou e fez nova Lei, ampliando o número de Vereadores, o que prova que a comissão que está lá é muito grande, tem que ser diminuída. Nós não podemos ter 513 Deputados! Os Estados Unidos têm 435 para 50 Estados; nós temos 513 para 27 Estados. Só que eles têm mais dinheiro do que nós, só que eles têm cem milhões de habitantes a mais do que nós, só que eles têm um milhão de quilômetros quadrados a mais do que nós, e dinheiro, então, nem se fala, apesar da crise, eles são mais ricos do que nós. Então, eu acho que nós tínhamos que diminuir o número de legisladores neste País e eu abro uma exceção para as Assembléias Legislativas, que me parecem que têm um número condizente. Agora, Vereadores, Deputados Federais e Senadores têm que diminuir. Outra coisa que tem que diminuir são os Ministérios. Nós só temos fontes de gastos, Ministérios com todas as mordomias já são 40; os Estados Unidos têm oito ou nove. Nós temos Ministros de tudo que é coisa, por Medidas Provisórias, por exemplo, propondo o Ministro da Pesca - depois ficaram envergonhados e parece que não saiu essa Medida Provisória.

Nós precisamos legislar para que 10% do Orçamento da União seja aplicado na saúde do povo brasileiro. Passou todo o ano de 2008, e aquela grande comissão de 513 Deputados não conseguiu resolver o problema. Nós precisávamos ter a mesma proporção dos Estados Unidos: 234 Deputados; a mesma proporção! Vamos esquecer da maior quantidade de pessoas - 100 milhões de habitantes a mais do que nós -, vamos esquecer do um milhão de quilômetros quadrados a mais do que nós e vamos ter 234 Deputados, e pronto! Os Senadores nos Estados Unidos são dois por Estado; aqui nós temos três, sendo que em um Estado há quatro, que é o Maranhão, porque o homem, o pior brasileiro vivo nascido no Brasil, mora no Maranhão e é Senador pelo Amapá. Então, o Maranhão tem quatro Senadores. Dois para cada Estado bastavam, talvez para pequenos Estados, que não têm um milhão de habitantes, seria suficiente um Senador; e para Estados maiores, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais pudéssemos ter até três Senadores. Mas nós não precisamos ter mais do que 40 Senadores em todo o Senado, portanto as Comissões seriam menores. Eles se reuniriam, teriam responsabilidade, um não poderia jogar para cima dos outros, porque acho que todos os 513 Deputados não se reuniram nem no dia das suas posses! Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu quero cumprimentar o Ver. Márcio Bins Ely, que faz, eu acredito, uma proposta extremamente justa, cujo Projeto está tramitando hoje em 2ª Sessão de Pauta, uma homenagem a uma Instituição que tem feito um grande trabalho aqui em Porto Alegre, Ver. Aldacir Oliboni, a Santa Zita de Lucca, uma casa ali nas proximidades da Vila Maria da Conceição, atendendo mais de 200 crianças carentes e dando a elas tratamento de Primeiro Mundo. Então, a essas instituições que fazem esse tipo de trabalho como faz a Santa Zita de Lucca, eu sempre rendo homenagens, e quero sempre me associar àquelas pessoas que também homenageiam entidades como essa. Espero que a Santa Zita de Lucca possa ser realmente um projeto aprovado aqui neste Plenário. E que nós possamos, como Vereadores, participar desta homenagem, porque esta Casa, por todo trabalho que faz, merece a reverência de todos nós Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Muito obrigado, Ver. Braz.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 9163/07 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 005/07, de autoria da Vereadora Maria Celeste e outros, que altera dispositivos da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.(adequação da LOM ao Regimento da CMPA.) Com Emendas nos 01 a 05.

 

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 02, 04 e 05 e pela rejeição das Emendas nos 01 e 03.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 129 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 08-12-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PELO nº 005/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Encerrada a discussão em 1ª Sessão.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3776/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 160/08, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Senhora Maria Cristina Laidens Sorrentino.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 17-09-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 160/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4207/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 176/08, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Empresário André Gerdau Johannpeter.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 05-11-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 176/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5795/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 236/08, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Professor Doutor Ellis Alindo D’Arrigo Busnello.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 03-12-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 236/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4230/08 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o Diploma Honra ao Mérito ao Senhor Roque Gelatti.

 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 27-10-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PR nº 037/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os. Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4356/08 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/08, de autoria do Ver. Beto Moesch, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao Senhor Franco Adriano Werlang.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 06-10-08.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5101/08 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 044/08, de autoria da Verª Margarete Moraes, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 17-11-08.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5190/08 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 048/08, de autoria do Ver. Professor Garcia, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao Padre Egon Binsfeld.

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 08-12-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o bloco constituído pelos Projetos: PR nº 040/08; PR nº 044/08; e PR nº 048/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 107/08 – (Proc. Nº 6774/08 – Ver. Professor Garcia) – requer Moção de Solidariedade ao grupo de pesquisadores liderados pelo Glaciologista Jefferson Cárdia Simões, da primeira expedição científica nacional ao interior do continente antártico, através do Programa Antártico Brasileiro – PROANTAR, pelo número de expedições e pelo pioneirismo do glaciologista, e, ainda, pela possibilidade de estudos climáticos permitidos ao Brasil. (Incluído em 10-12-08.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento nº 107/08, de autoria do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

PROC. Nº 3836/07 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/07, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que inclui inc. XXI no art. 94 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, estabelecendo prazo para que o Prefeito Municipal encaminhe à Câmara Municipal de Porto Alegre documento firmado contendo a relação de todos os programas e projetos aprovados e ainda não-implementados e dos programas e projetos que estiverem em andamento no Município de Porto Alegre, relativos a políticas públicas.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 129 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 11-08-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PELO nº 002/07, de autoria do Ver. Carlos Comassetto. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Encerrada a discussão em 1ª Sessão.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Luiz Braz, solicitando regime de urgência para o PLCL nº 018/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregôo Pedido de Renovação de Votação, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, da Emenda nº 29, destacada ao PLE nº 050/08, que estima a receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2009.

Encerrada a Ordem do Dia.

Quero registrar, com muito carinho, por lembrança do Ver. Haroldo de Souza, que hoje aniversaria o Tonico, esse grande e extraordinário fotógrafo. Um abraço de todos nós, Tonico, pelo teu aniversário. (Palmas.)

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente da nossa Câmara de Vereadores, Sebastião Melo; nobres Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste, não poderia deixar de, mais uma vez, usar a Liderança para tecer considerações a respeito da segurança das nossas cidades. Desde o início da minha legislatura, propugnei para que Porto Alegre tivesse uma cultura de respeito pelas faixas de segurança. Nesses quatro anos, apresentamos três Projetos, dois aprovados e sancionados, um que ainda quero ver passar aqui, para que o pessoal tenha, ao menos, a coragem de dizer não ao Projeto.

Fortaleza, no ano passado, fez uma campanha para o cumprimento das determinações das faixas de segurança. O jornal Zero Hora fez diversos programas mostrando o desuso das faixas de segurança. Agora, no noticiário de ontem, a cidade de São Paulo, cuja Administração está tendo a coragem de enfrentar os problemas daquela cidade, enfrentou de vez também o problema do respeito do usuário, do pedestre, do motorista quanto às faixas de segurança. Foram fartamente noticiadas ontem, nos meios de comunicações, as providências que o Prefeito de São Paulo está tomando.

Porto Alegre teima e teima em não querer que as faixas de segurança e suas determinações em lei sejam cumpridas. A última reportagem do jornal Zero Hora, no final de semana, mostra uma equipe da RBS que saiu às ruas se fazendo de pedestre e, se não tivesse com o espírito preparado, teria sido abalroada no trânsito em cima da faixa de segurança. A coisa é séria, gente! Trinta e sete por cento dos atropelamentos, no nosso País, são feitos em cima de faixas de segurança.

São Paulo, logicamente dando valor à segurança e integridade física de seus cidadãos, pega de frente, com uma campanha primeiramente de esclarecimento à população. Na Cidade, todos os Poderes Públicos disponíveis estão, neste final de ano, nessa campanha maravilhosa que, com certeza, vai fazer com que tenhamos menos sofrimento daqueles que são atropelados, menos sofrimento daqueles que perdem entes queridos.

Mas em nossa Porto Alegre continuam a usar, abusar e em não respeitar as faixas de segurança.

Fico um tanto quanto constrangido e chateado, mas, a favor da verdade, quando esta Câmara de Vereadores teve a oportunidade de apreciar um Projeto maravilhoso de nossa autoria, de que, no raio de 500 metros, pudéssemos demarcar as faixas de segurança - que custariam, talvez, um balde de cal -, tive 8 votos favoráveis; 5 contrários, e os outros todos se abstiveram, retirando o quórum dessa Sessão. Lamentável atitude como essa eu nunca tomei.

O ônus de dizer não àquilo que não concordamos é democrático, é factível, é certo, é correto, mas ainda quero, Sr. Presidente, ver essa matéria sendo abordada, porque a cidade de Porto Alegre merece de seus legisladores a fiscalização daquilo que a lei federal prevê: o respeito às faixas de segurança.

Existem, no Código Nacional, multas previstas, mas cabe a nós, nos Municípios, aderirmos à lei nacional.

E nada mais justo que nossos filhos saírem de nossas casas e chegarem à escola usando faixas de segurança. Que despesa é essa em troca da economia de vidas, de seqüelas de atropelamentos? Enquanto que no Brasil todo o mundo faz, nós, Poderes Públicos desta Cidade, Legislativo e Executivo teimam, Judiciário também - poderiam tomar as providências, o Ministério Público está aí - de uma lei que está sendo descumprida para favorecer atropelamentos, para fazer pessoas aleijadas, cadeirantes, e levarmos ao cemitério, de repente, um filho, um amigo. É lamentável! Estamos perdendo tempo, estamos perdendo vidas, estamos perdendo receitas, pois isso tudo é despesa para o Município, para o Estado, para a União.

Deixo este apelo, porque quero ver um dia, Ver. Haroldo, que esta cidade cumpra a lei e salve as nossas crianças. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver Guilherme Barbosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham. Fico contente que, neste momento, esteja no Plenário o Ver. Garcia, porque quero, mais uma vez, Ver. Garcia, pedir o empenho de V. Exª, porque venho, há mais de mês, um mês e meio a dois meses, me esforçando, através do gabinete, em nome da CEDECONDH, para que a Prefeitura de Porto Alegre resolva um pequeno problema, mas que para a comunidade é um grande problema, já trouxe fotos aqui para mostrar. Aqui ao lado, na Vila Chocolatão, há um banheiro com três ou quatro sanitários e alguns chuveiros - o Ver. Dr. Goulart viu isso - construídos pelo DEMAHB que estão entupidos há muito tempo, e o esgoto cloacal, as fezes correm pelo solo num local onde há três brinquedinhos, o balanço das crianças, Ver. Garcia. E nós estamos há muito tempo falando com o DEMHAB, primeiro com o DMAE, que nos mandou um e-mail dizendo que é o DEMHAB o responsável. Mas faz um mês e meio a dois meses que não se consegue resolver isso.

Há projeto da Administração para deslocar as pessoas, mas as pessoas não conhecem a área para onde iriam, as pessoas não conhecem o projeto. Estamos pedindo audiência com o Diretor-geral, Antonio Fernandes Moussalle, há um mês, em nome da CEDECONDH, e não somos atendidos. Então, a gente fica indignado, Ver. Alceu da Rosa; indignado, porque não estamos aqui para fazer oposição gratuita, mas, às vezes, parece que nos forçam a vir bater em coisas que são simples.

O segundo assunto que quero trazer aqui para conhecimento, preocupação e, quem sabe, também atuação conjunta de todos os nossos colegas Vereadores: devem ter lido nos jornais que, na quinta-feira da semana passada, à uma hora da tarde, houve um assassinato duplo no bairro da Glória, num local chamado Quilombo dos Alpes. É uma área que a comunidade de negros reivindicou ser um quilombo. Há estudos, a partir do Governo Federal, que estão encaminhando nessa direção para delimitar a área. E um cidadão que morava lá, que foi acolhido lá - é descendente de alemão, vejam só a ironia -, e por uma aparente desavença de vizinhança, na quinta-feira da semana passada, matou: dois irmãos - um homem e uma mulher -, e feriu uma terceira pessoa - a Presidenta da Associação -, que, por sorte, recebeu a bala apenas na perna. Pois bem, esse cidadão voltou, no sábado, atrás daquela pessoa que se salvou, dizendo - e disse para quem quisesse ouvir - que tinha voltado para terminar o serviço, porque iria acabar com aquela negrada. De lá para cá, houve toda uma mobilização na segunda-feira, e hoje fizemos uma reunião extraordinária da CEDECONDH de três horas, pedindo agilidade para a Polícia Civil, porque se sabe quem é o assassino; a Polícia já tem a sua carteira de identidade e tem todas as informações. E também pedir, para a Brigada Militar, proteção - os Vereadores Maristela e Todeschini, e o Deputado Carrion estiveram presentes -, porque não podemos deixar que aconteça mais uma morte. O assassino na quinta-feira da semana passada, o Sr. Pedro Paulo Bach, descarregou o revólver nas pessoas, foi no carro, recarregou o revólver, atirou de novo em todos de numa mesma família! Este cidadão está, de novo, rondando a região, e a Polícia - é a sensação que todos temos - não fez de forma adequada o seu trabalho. Na segunda-feira, o Delegado que nos atendeu do Palácio da Polícia, com muito jeito, disse que as ordens que tinha era de trabalhar para o esclarecimento da morte do Dr. Marco Antonio Becker, que também queremos que seja esclarecida. Mas as pessoas são iguais, merecem o mesmo tratamento, e, neste caso, mais uma morte pode acontecer. Hoje, eu disse ao Delegado que esteve presente, o Major Maia, que se acontecer mais uma morte, todos nós seremos responsáveis, principalmente a Secretaria de Segurança, a Polícia Civil e a Brigada Militar. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, pelo acordo que fizemos aqui, cumprimos a Ordem do Dia. Vamos convocar duas Sessões Extraordinárias. Ainda há Lideranças na Sessão em curso, porém, os Srs. Líderes poderão usar suas Lideranças nas duas Sessões vindouras, também. A minha sugestão, e apenas no campo da sugestão, é que os Srs. Líderes usassem as Lideranças já nas Sessões Extraordinárias, para que pudéssemos avançar na convocação. Se os senhores concordarem, dou por encerrada a presente Sessão, preservando, então, o tempo daqueles Líderes que não tenham utilizado do espaço nesta Sessão Ordinária, e poderão fazê-lo nas Sessões Extraordinárias.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Alertado pelo colega Ver. José Ismael, quero refazer uma frase que disse na tribuna, e que terminou dando uma outra interpretação. Quando eu disse que o assassino - que não é afro-descendente, é alemão -, que foi acatado, recebido na comunidade, não quis, de forma nenhuma, atacar os alemães. Quis dizer da ironia de uma pessoa, que não é afro-descendente, e que foi aceita na comunidade, terminar praticando esses assassinatos. Agradeço, inclusive, o Ver. Ismael, porque a frase saiu com conteúdo diferente do que eu queria dizer. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h34min.)

 

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